quinta-feira, 28 de julho de 2011

Festa Surpresa

Hoje fizeram uma festinha surpresa pra mim aqui no tramps
Não foi da empresa toda
Na verdade foi só entre os 3 setores que mais tenho contato
Confesso que foi... diferente

Compraram uns sanduiches naturais da P&C e um bolo de chocolate
com suco, café e refrigerante...
Foi bem simples mas pude notar que foi feito com muito carinho

...e confesso que fiquei sem palavras e muito sem graça!

É realmente difícil eu ficar assim... há anos não fazem nada do tipo
Eu sou o tipo de pessoa que se me pedem o braço eu oferece um braço e uma perna pra deixar a pena de reserva em caso de alguma eventual necessidade
e confesso que é difícil receber o mesmo em troca
principalmente porque eu não cobro retorno nem nada do tipo.

Eu sei que parece muito dramático ou cafona
mas essa festinha mexeu comigo
Eu nunca recebi muito carinho e atenção dos meus pais
Meu pai vivia trabalhando e minha mãe no computador

e por isso acabei crescendo sentindo falta dessas coisas

ah ótimo! tô ficando velho e sensível. ¬¬

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Eu e o Louco


Minha rua sempre foi um lugar muito tranquilo.
Sempre deserta e sem muita movimentação.
É raro ver os vizinhos... A maioria vive em seus castelos de tijolo e reboco cercados de orgulho e medo por todos os lados.
Confesso: Não sou tão diferente.
Eu também sou pouco sociável (o que me poupa algumas cenas de banhos de borracha ouvindo pagode na laje e similares)
Já ocorreram alguns assaltos mas tudo rapidamente virou mito.
Meus momentos de emoção na minha rua se restringem a brincadeiras na infância, alguns momentos com amigos na adolescência e isso: http://motifrito.blogspot.com/2010/11/um-ovo-nada-pessoal.html

E foi quando hoje de manhã eu me preparava para mais uma quarta-feira...
Tinha acabado de sair de casa e o ví. No momento em que desci para fechar o portão.

Um senhor que deveria ter seus 50 anos.
Barba para fazer.
Extremamente sujo.
Usando apenas um short todo rasgado.

Ele subia a rua perpendicular que terminava praticamente na frente pra minha casa.
Ao me ver ele parou e me olhou profundamente.

Ambos estáticos.
Eu não entendia aquela cena. Era cedo demais para pensar em algo racional diante de uma cena tão inesperada.
Ele... aflito, amedrontado, inseguro, e sofrendo... muito.

Eu realmente não sabia o que fazer.
Ele parecia uma ave que pousara em um muro desconhecido e que espera apenas um movimento brusco para voar para bem longe.

Tentei expressar calma e compreensão.
Ele permanecia me olhando fixamente.
Foi como se... ao me olhar... ele conseguisse transmitir toda a dor que ele sentia sem dizer uma única palavra.

"O senhor está bem?" disse num tom de preocupação.
Que pergunta idiota, eu pensei. É claro que alguém que está as 7h da manhã de uma quarta-feira seminu não pode estar bem.

Ele então caminhou e passou por mim o mais longe que a largura da rua permitia e continuou seu caminho.

Eu moro naquela casa há pelo menos 18 anos e nunca o ví antes.

Embora tivesse um olhar perdido, ele parecia saber muito bem para onde ia.

Pensei tanta coisa... pensamentos esses que me tomam até agora e que tenho a plena certeza que não vão me deixar tão cedo:

Em nenhum momento ele pareceu querer ajuda.

Muito pelo contrário... ele apenas tinha receio que eu fizesse algum mal a ele e vendo que não faria, ele seguiu seu caminho naturalmente.

Estaria ele num nível tão insconsciente... seja por drogas, alcool ou loucura a ponto de não perceber que ele precisa de ajuda?

O fato dele estar em uma situação tão deplorável significa mesmo algo realmente ruim?

Seria esse adjetivo "deplorável" uma extenção do nosso preconceito?

Quem sou eu pra saber o que alguém precisa ou sente?

E por mais absurdo que pareça, ele não demonstrou qualquer expressão de desconforto ao andar, ao agir... de alguma forma que não sei explicar... seu passos tinham liberdade.
Uma liberdade que não tenho.

Tão pouco ví nele as amarras sociais que nos prendem e nos fazem ser o que somos cobrados a ser. seja por vontade de ser aceito ou pela busca insaciável por simpatia.

A verdade é que não sei se toda aquela dor, angústia e aflição eram realmente dele ou reflexos de mim.

no fim das contas... Seria... ele... o louco?

domingo, 24 de julho de 2011

Lombo Suíno Agridoce..


Lombro suíno c/ óleo de gergelim ao molho agridoce c/ cebola caramelizada, abacaxi e pimentinha de cheiro... uhm...

Takoyaki

Carol Carizzo, Esse post é pra vc!!!
Agosto... Agosto...

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Ontem a noite foi dia de takoyaki!!!

Estava devendo há algum tempo para um amigo e resolvi fazer pra galere.

Confesso que eu tava enferrujado e "apanhei" um pouco... mas foi bem divertido.

O que me realmente motivou foi com o tamanho desse polvo...

na foto abaixo... le kraken:


Aqui, um comparativo de tamanho ao lado de uma pet.


À noite comecei a fazê-los...
Primeiro testei com óleo de gergelim... mas ele não foi a melhor opção e tive muito trabalho...
mas depois partimos pra boa e velha manteiga e deu td certo...



Aqui já é ele finalizado com molho, raspas de peixe e nori.




Eles fizeram bastante sucesso...
muita gente não conhecia (muita gente fresca, sabe =P)...
mas todos provaram e curtiram!!!!
Fiquei feliz porque gosto de ver meus amigos experimentando comidas novas... novos sabores...
Afinal não seriam essas coisinhas... esses momentos... que fazem a diferença nas nossas vidas?

Hoje a noite tem mais...

Midas...

Esse fds resolvi cozinhar...

Sexta a noite e sábado no almoço foi sashimi de salmão + gohan + salmão skin com molho tarê.

Esqueci de tirar foto com Furikake e WASABI... muuuuito Wasabi...

Eu realmente tenho ficado mais próximo do wasabi...

Ultimamente estamos nos conhecendo melhor e a intimidade está tornando tudo cada vez mais prazeroso.

(Pra quem não sabe Wasabi é aquela pasta verde de raiz forte que se come com sushi.)
é issaqui:

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Rodo Cotidiano


Nota para fins investigativos e futuras comissões de sindicância sobre quebra de sigilo profissional: Qualquer relato aqui descrito trata-se apenas de pura ficção e nunca aconteceu de verdade! Qualquer semelhança é méééééra coincidência.

Quinta-Feira.

O dia da Marmota.

Normalmente minhas quintas são dias sem graça e sem muitas surpresas... parece sempre um daqueles dias que você não sabe se era quarta ou quinta ou terça...

Mas não hoje...

Estava a trabalhar quando minha chefe grita a duas salas de distância:

"Super Mario!!! Vem aqui por favor!" (Sim, eu ganhei esse apelido infame)

Cara... quando me chamam assim, coisa boa não é!
Nunca é na verdade... ninguém me chama pra me dar um presente, ou me oferecer uma fatia de bolo ou nem mesmo uma empadinha que sobrou da festinha de ontem que a gordinha escondeu dentro da bolsa...

(às vezes) Eu até respondo: "Super mario é seu amigo, vai salvá-la do periiiigo!" Sim, eu adoro parafrasear o super mouse.

mas voltando ao chamado de socorro...

Fui lá né... com minha inseparável xícara de café na mão... e levantando todos os escudos de defesa... (não que eu realmente tenha algum, mas pensar que tenho traz sensações reconfortantes)

Chego e a chefe diz: "Mario, atende essa ligação que não tô conseguindo entender o que ela tá dizendo!"

É incrível! Esses pepinos sempre sobram pra mim!

Se já não bastasse me jogarem qualquer objeto eletrônico pra consertar ou configurar só por ter cara de japonês (sim, sou brasileiro... não japonês!), também me colocam pra descascar qualquer (e todo) abacaxi que aparece!

É sempre assim: se aparecer qualquer coisa diferente e que pareça difícil de resolver... chama o Super Mário!

E agora eu iria interpretar uma nova linguagem criada por uma secretária de inteligência duvidosa...

Desafios... adoro o cheiro deles pela manhã.

Assim como tomo um figatil... respirei fundo e fui.

"(nome da empresa), Mario, bom dia! em que posso ajudá-la?" (Adoro simular atendimento de telemarketing: passo segurança e ainda transmito um aspecto petulante e indiferente numa tacada só)

"er... oi sêo mario... eu queria saber se um pagamento foi feito" Uma voz estrábica (sim, se voz sofresse de estrabismo seria daquele jeito)

Imaginando que ela tivesse preguiça de pesquisar no próprio extrato bancário (Parei de questionar a preguiça do povo daqui faz tempo) resolvi ajudar...

"ok, vamos lá... é pessoa física ou jurídica?" - Mario: O proativo.

"quem? eu?" - Ela respondeu.

O primeiro pensamento que me veio foi: "é... hj vai ser um dia longo..." e já comecei a imaginar como seria a criatura... quando cheguei na parte dos cabelos tingidos em 3 cores diferentes carregados de kolene, parei.

"A nota fiscal é sua?" - Disse respirando fundo.

"Não, é da XXXX ltda! então é pessoa física, né?!" Ela disse.

...

Sinceramente?
Com cada coisa que vejo hoje em dia...
não me assusto com mais nada.